Oluwatosin Tolulope Ajidahun comenta que as técnicas de reprodução assistida, como a fertilização in vitro (FIV), a inseminação intrauterina (IIU) e a injeção intracitoplasmática de espermatozoides (ICSI), representam grandes conquistas da medicina reprodutiva, oferecendo alternativas eficazes a casais com dificuldades para conceber.
Esses métodos diferem em nível de complexidade, indicações clínicas e taxas de sucesso, sendo fundamental compreender suas particularidades para escolher o tratamento mais adequado. Além disso, a evolução tecnológica tem ampliado significativamente as possibilidades de intervenção no campo da reprodução humana.
Entenda como funciona a inseminação intrauterina (IIU)
Segundo Tosyn Lopes, a inseminação intrauterina (IIU) é considerada uma técnica de baixa complexidade, indicada principalmente em casos leves de infertilidade, como alterações discretas no sêmen ou distúrbios ovulatórios. O procedimento consiste em introduzir, diretamente no útero, espermatozoides previamente preparados em laboratório, elevando as chances de encontro entre os gametas.
Em geral, a mulher passa por estimulação ovariana suave para aumentar a produção de óvulos, porém a taxa de sucesso da IIU gira entre 10% e 20% por ciclo, dependendo da idade da paciente e das causas específicas de infertilidade. Dessa forma, é uma alternativa menos invasiva e mais acessível, mas com eficácia limitada quando comparada às técnicas de maior complexidade.
Fertilização in vitro (FIV): uma solução versátil na medicina reprodutiva
Conforme analisa Oluwatosin Tolulope Ajidahun, a fertilização in vitro (FIV) é recomendada em situações mais complexas, como obstrução das trompas, endometriose avançada, baixa reserva ovariana ou falhas em tratamentos anteriores. A técnica envolve estimulação ovariana para a obtenção de múltiplos óvulos, que são fertilizados em laboratório pelos espermatozoides, formando embriões.

Posteriormente, um ou mais embriões podem ser transferidos ao útero ou congelados para uso futuro. As taxas de sucesso variam entre 30% e 50% por tentativa, dependendo da idade da mulher e da qualidade dos embriões. Além disso, a FIV possibilita recursos complementares, como a biópsia embrionária para diagnóstico genético pré-implantacional, aumentando as chances de gestação saudável e segura.
ICSI: tecnologia de alta precisão para casos masculinos
Tosyn Lopes frisa que a ICSI (injeção intracitoplasmática de espermatozoides) surgiu como um marco revolucionário na reprodução assistida, especialmente indicada em casos graves de fator masculino, como contagem baixa ou motilidade reduzida dos espermatozoides. No procedimento, um único espermatozoide é selecionado e injetado diretamente no interior do óvulo, viabilizando a fertilização mesmo em situações extremamente restritas.
Ademais, a ICSI também é empregada quando há falhas de fertilização em tentativas anteriores de FIV convencional, ou diante de alterações na membrana dos óvulos. Apesar de apresentar taxas de sucesso semelhantes às da FIV tradicional, essa técnica oferece esperança a casais que, antigamente, teriam como única opção a doação de gametas. No entanto, é imprescindível o acompanhamento de uma equipe especializada para minimizar riscos e garantir maior segurança ao processo.
Diferenças, indicações e escolha do tratamento
De acordo com Oluwatosin Tolulope Ajidahun, a decisão entre IIU, FIV e ICSI depende de diversos fatores, como a causa da infertilidade, a idade da paciente, o tempo de tentativas de gestação e o histórico clínico do casal. A IIU costuma ser indicada como primeira abordagem em casos leves e de baixo risco, enquanto a FIV surge como uma solução mais abrangente para situações complexas.
Já a ICSI se torna imprescindível para infertilidade masculina severa ou quando há insucessos em fertilizações anteriores. Tosyn Lopes ressalta que, além dos aspectos médicos, é fundamental considerar fatores emocionais e financeiros no planejamento do tratamento. Por isso, o acompanhamento médico especializado é essencial para conduzir o casal pelo caminho mais seguro e eficiente rumo ao sonho de ter filhos.
Autor: Anastasia Petrova
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